DE ARRUMAÇÕES NO ISOLAMENTO SOCIAL
Olhando meus botons encontrei esse aí embaixo, me vieram algumas memórias e bateu uma baita nostalgia... Coisa de quem está chegando aos 60 anos.
Organização e participação popular rumo ao socialismo era o lema de um grupo de jovens que atuava dentro da Juventude Socialista do PDT no Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1980. A corrente - JS/PDT Pela Esquerda - surge depois do Congresso Nacional da JS/PDT em Niterói quando nosso grupo de militantes, ao usar um adesivo com essa palavra de ordem foi identificado equivocadamente como “OPPRS” (Organização participação popular rumo ao socialismo).
Naquele Congresso éramos apenas um grupo de militantes que defendiam coletivamente uma determinada estratégia e tática para a atuação da JS/PDT e não uma organização centralizada que, posteriormente, definimos que começariamos a construir nacionalmente.
A partir dessa decisão, editamos alguns números do jornal “Pela Esquerda” no âmbito da JS/PDT e formulamos um documento de estratégia e tática denominado “Fundamentos Básicos de Libertação Nacional” que objetivava contribuir com os fundamentos de uma militância identificada com a alternativa revolucionária do socialismo no PDT e referenciada na liderança política de Brizola. Brincávamos que na realidade esse documento seria a base teórica para a construção futura de uma Frente Brizolista de Libertação Nacional.
Depois de alguns de nós atingirem o limite de idade (30 anos inclusive) no Congresso de Cuiabá passamos a atuar nas instâncias partidárias. Construímos o Núcleo de Estudos Pela esquerda, depois a corrente PDT Esquerda e por fim o Fórum de Militantes do PDT.
Naquela época as.os jovens organizados no PDT assumíamos claramente na sigla de nossa organização juvenil nossa vinculação com o partido, agíamos na contramão do oportunismo de desvincular as juventudes partidárias dos respectivos partidos.
Éramos a JUVENTUDE SOCIALISTA “DO” PDT.
Nos atribuíamos uma postura de autonomia no âmbito das instâncias partidárias, sem se submeter ou se resumir a ser uma correia de transmissão dos interesses das direções do partido ou tarefeiros das direções, como muitos enxergavam e continuam enxergando as.os jovens dos partidos. Muitas vezes enfrentamos com dureza posicionamentos da direção e de Brizola que considerássemos equivocados. Nunca fomos dependentes das direções partidárias para a construção da JS/PDT. Claro que o preço político e até pessoal sempre foi alto, mas aprendemos com Brizola a importância da coerência e da coragem.
Tenho muito orgulho dessa organização juvenil desse período histórico e a qual dediquei aproximadamente 10 anos ininterruptos da minha vida e conheci muitas.os aos quais pude considerar camaradas.
p.s observem que o boton retrata a defesa das reinvindicações das.os jovens mulheres, homens, negras.os e indígenas. Isso era uma linha politica da JSPDT já no inicio da década de 80.
Comentários
Postar um comentário